JACQUES COSTA FAZ AGRADECIMENTO ESPECIAL A CLáUDIO RAMOS: «UM EXEMPLO DE PROFISSIONAL CUJO TRABALHO é UMA HONRA ASSISTIR»

Jacques Costa deu muito que falar no Big Brother 2024, ao decidir ser 100% fiel à sua essência e assumir-se como uma pessoa não-binária que utiliza os pronomes femininos ela/dela no seu dia-a-dia. Depois de ter sido expulsa pelo próprio Big por não cumprir uma regra do jogo, nomear os colegas, Jacques abandonou a casa, mas continuou a estar no centro das atenções dos fás, através das suas redes sociais. Agora que a edição de 2024 já terminou, com a vitória de Inês Morais, Jacques decidiu partilhar um vídeo no seu Instagram, em que faz alguns desabafos sobre esta experiência que teve. Aproveitou o momento para fazer um agradecimento especial à produção, por ter apostado em si, ao Big, por ser das vozes mais fascinantes que já ouviu, segundo o que escreveu, e ao próprio apresentador Cláudio Ramos: «Um exemplo de profissional cujo trabalho é uma honra assistir». Veja tudo:

Durante a gala do dia 14 de abril de 2024, estivemos à conversa com Jacques Costa, que revelou como foram os primeiros dias após a expulsão do Big Brother.

«Tem sido incrível, mesmo. Tenho recebido inúmeras mensagens de pessoas que saíram do armário, de senhoras que vêm ter comigo com os seus 80 anos e dizem ‘Jacques, amo-te!’», começou por revelar a ex-concorrente.

Jacques Costa adiantou que ainda não tem «novos projetos»: «Ainda não fui a nenhuma entrevista de emprego... mas já disseram que eu vivia da solidariedade de amigos, eu também disse que vivia de poupanças», esclareceu.

Quando questionada por Manuel Luís Goucha sobre quando tomou consciência da sua sexualidade e identidade de género, Jacques deixou bem clara a diferença: «Uma coisa é como nos sentimos (identidade) e outra coisa é de quem gostamos (sexualidade)». Posto isto, Goucha questionou se Jacques poderia ser considerada uma pessoa gay, ao que a convidada esclarece: «Como não sou um homem, se me apaixonar por um homem não sou uma pessoa gay». «Nunca senti que os homens fossem do mesmo género que eu», esclareceu ainda.

 

Sobre como Jacques chegou à atual definição pessoal de pessoa não-binária, a própria revelou ter sido um processo e não um «momento Eureka». A convidada recorda como era nunca se te sentido confortável com nenhum dos dois géneros «impostos» pela sociedade, apesar de se ir tentando moldar aos mesmos: «Havia sempre uma adaptação da minha identidade ao aceitável», revela a convidada quando recorda o fascínio pela roupa associada ao género feminino, mas acabava por comprar roupa associada ao género masculino.

Jacques revela que a descoberta e aceitação própria enquanto pessoa não-binária surgiu após o acompanhamento psicológico, no seguimento de uma depressão que «vinha mais de um vazio existencial». Hoje a convidada diz-se mais feliz e confortável no seu próprio corpo e identidade.

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