QUE SIGAN SOñANDO!

Dream on. Música popularizada pela banda norte-americana Aerosmith, mas também uma forma de intitular e resumir o que aconteceu nesta noite de Campeonato Europeu.

A velha conhecida e reconhecida Espanha e a inédita Geórgia defrontaram-se este sábado e o sonho só podia continuar para uma delas. Depois de 90 minutos, o sonho escreve-se em espanhol.

Da ilusão georgiana…

O estilo de jogo posto em prática pelos comandados de Willy Sagnol esta noite em Colónia foi uma autêntica cópia daquilo que apresentaram diante da congénere portuguesa - ataque em profundidade muito vertical.

A tentativa de aproveitamento dos erros cometidos pela seleção espanhola convergia em bola nos flancos e via-verde até à área de Unai Simón.

Foram precisos pouco mais de 15 minutos para a estratégia voltar a resultar. Mikautadze construiu, Kalabadze cruzou e Le Normand errou. O central espanhol, ao tentar tirar Kvaratskhelia do lance, desviou a bola para a baliza, dentro da pequena área.

A nota que temos de deixar é que, antes do golo georgiano, o domínio do encontro era autêntica música espanhola.

A turma de Luís de la Fuente não parou de circundar a área de Mamardashvili. Foram quase incontáveis os remates desferidos à baliza do guarda-redes do Valencia. No entanto, a bola só viria a ultrapassar a linha de golo a muito pouco tempo do intervalo, depois de um típico remate de fora de área providenciado por Rodri.

… à concretização espanhola 

E falamos de concretização com classe mundial... ou Lamal. O intervalo deu vida refrescada à seleção espanhola e pouco tempo foi necessário para a jóia blaugrana abrir o livro e sacar de um cruzamento milimétrico para a cabeça de Fabian Ruíz. Consumada a reviravolta e consagrada a capacidade de sonhar.

E foi assim que a se manteve a toada da segunda parte. Pouco tempo depois, foi a vez de ver a magia de Nico Williams a driblar sobre a defesa e tirar Mamardashvili do alcance. 1-3.

Se o sonho espanhol já parecia alcançável, à medida que o final do encontro se foi aproximando, ainda mais notório se tornou. A Geórgia tornou-se mais errática, a Espanha tornou-se mais certeira - que o diga Dani Olmo e aquele tiro do meio da rua que selou o quarto golo espanhol.

Pareceu tudo tão fácil no fim. Que sigan soñando! Segue-se a Alemanha.

2024-06-30T21:01:22Z dg43tfdfdgfd